quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Curtas

                                                                               I
      
Até uns anos atrás nunca tinha ouvido as palavras "menas" (Deve vir menas gente), "meia" (Ela está meia triste), membra (Ela se tornou membra...), "perca" no lugar de "perda" (É uma grande perca...), "vim" no lugar de "vir" (Ele precisa vim aqui) e outras pérolas de um português maltratado.

Estudei quase a vida inteira em escolas públicas e não aprendi desse jeito não! Como diziam meu pai e mãe: talvez na época do meu ginásio e colegial alguma coisa ainda se salvava...

De todo jeito, coincidências à parte, esses "novos" vocábulos me parecem ter se tornado mais frequentes na linguagem popularesca após a ascensão de um certo molusco e seus companheiros de oceano ao poder. Pelo menos nunca ouvi uma palavra no plural saindo de sua boca. Agora, dos companheiros de sindicato...

                                                                              II

Ainda falando do tal molusco, desde a campanha de 1989 até 2002 foram muitos anos! Cá entre nós, daria pra ter feito uma Unipzinha né! Só pra não ficar tão chato...

Talvez eu tivesse sido poupado de escutar, numa reportagem do jornal da Globo, ele falar que o Brasil não crescia mais por fatores "extraterrestres". É! O E.T. de Varginha estava atrapalhando demais naquela época! Também poderia ter ficado sem ver a cara do William Waak após essa acusação! 



Só pequenos detalhes né, de um passado (ou presente?)...

                                                                              III

Às vezes eu fico imaginando como seria se tivéssemos no Brasil uma câmara de deputados e senadores composta por alemães, suecos, dinamarqueses, búlgaros...daqueles disciplinados e rigorosos, de formação em economia, sociologia, ciências sociais...

Mas logo a divagação acaba e vejo o deputado mais votado da história, sua excelência, Tiririca! De gravata e camisa para fora da calça! 

Pior é ler sua entrevista dizendo que desistirá da política...

Sarney, Renan Calheiros...precisa falar mais?

                                                                                IV

Mudando de pato para ganso, nunca na história desse país, a música brasileira passou por tamanha decadência! Se não quisermos mais ouvir as músicas antigas da Legião, Paralamas, Chico Buarque, Caetano e outros tantos talentos de décadas anteriores, teremos que garimpar muito nessa internet da vida.

Boa música ainda se produz: praticamente nas garagens, pequenos estúdios, vídeos caseiros no Youtube e longe das gravadoras, patrocínios, Faustões e Caldeirões. 

Surpresa agradável foi conhecer o último disco de "O Teatro Mágico", A Sociedade do Espetáculo. Sensacional.

Para encontrar as novidades é necessário esforço, senão, o silêncio ou seu ouvido de penico! 

Sertanejo, Axé e o inacreditável Funk, que encabeça a lista das excrecências. Como alguém em sã consciência consome isso? 

O padrão de exigência está muito baixo. Dá nisso!

Um comentário:

  1. Adorei tudo! hehehe além de tentar me policiar sempre com os meus "vocábulos", também acho que a música brasileira vai de mal a pior....... "eu sou daquele(a) amante a moda antiga, do tipo que ainda(...)" curte Marisa Monte, Djavan, Paralamas, Legião, Capital Inicial e as tão lindas óperas! hehe Abraço

    ResponderExcluir