sábado, 2 de fevereiro de 2013

O resultado da soma das pequenas irritações elevadas à décima! - Parte 2

Conheço uma pessoa que tinha um dado preciso, fruto de um estudo, de quantas pequenas chateações temos por dia. Agora não me lembro dos números, mas eram altos. Aliás, um à parte, esse grande amigo oriental era dos poucos de sua etnia que conseguia se comunicar e verbalizar como ninguém!

O desgaste com operadoras de celular, televisão a cabo, energia elétrica, planos de saúde, concessionária de automóveis, cartão de crédito...a lista é grande...é muito democrático, ninguém fica de fora, pobre, rico, letrado, iletrado, homem, mulher. Sempre cabe mais um, pode chegar, melhor, ligar!

Essas irritações, com algum exercício, são passíveis de controle. A incompetência, ineficiência e mau atendimento são elementos que prevalecem na maioria das relações comerciais e de consumo. Para mim, extrapolam o despreparo profissional. Decorrem em grande parte, de um Estado historicamente desrespeitoso com seu povo e do desgosto e frustrações advindos das relações de trabalho. Compreensível, embora inaceitável.

O que se torna verdadeiramente um desafio é controlar o resultado das pequenas e grandes chateações provindas da falta de educação, descortesia, ignorância, descaso, oportunismo, descontrole e destempero no comportamento e nas relações humanas.

Gente que joga lixo no chão, fura fila, ocupa assento e vaga de idoso e deficiente, dirige pra si mesmo, maltrata animais, vizinho barulhento e que ouve música alta, gente que não devolve troco a mais, que pega o que não é seu, que não pede licença e te empurra, que coloca o carrinho de supermercado no meio do corredor, que conversa alto no cinema, que combina e não aparece, que joga fumaça de cigarro na sua cara, que só quer se dar bem às custas dos outros, que invade seu espaço, que faz tudo isso e ainda te chama de otário pelas costas. É isso que me preocupa!

Não quero dar uma de politicamente correto, piegas, mas sinceramente, cada dia tem sido mais difícil conviver com pessoas. Agora, planejo onde vou e qual o melhor horário para evitar ao máximo contato com seres cujos diferencias são o polegar opositor e o telencéfalo "altamente" desenvolvido. 

Me parece que esses comportamentos aumentam exponencialmente e apesar de existirem pessoas distintas, que te acrescentam atributos, agradáveis, solidárias, educadas, amigas e realmente inteligentes, nunca a companhia dos animais (sem nossos diferenciais) foi tão apreciada. 

Mas afinal, qual é o resultado daquela equação?

É um esforço cada vez maior para manter o humor, a esperança nas pessoas, no futuro. Um esforço cada vez maior para manter os relacionamentos, a paciência, a tolerância. Um esforço cada vez maior para acreditar. Até quando?

3 comentários:

  1. Até quando? Talvez uma boa resposta é o que está escrito em Morôni 9:6. Continuemos a executar nossa obra aqui.

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  2. É isso, aí, acrescente à sua lista de absurdos, essa maldita fidelidade a que somos obrigados pelas operadoras de TV, Telefone, mesmo ficando insatisfeitos com os serviços, ainda temos que ficar fiéis a eles... que chatisse isso, temos de pagar pela incompetência dessas prestadores de péssimos serviços!!!
    A mim também incomada muito a falta de educação das pessoas, isso não é ser politicamente correto, como você disse, é ser educado (ou não) e perceber que não estamos sozinhos no mundo e olhar para o outro é marca de boa educação.
    Belo texto o seu.

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  3. Pinduca,

    Sê tá muito negativo! Você não é assim! Tende bom ânimo! Assista o filme: "A vida é bela" Ou "Patch Adams..." desculpe os erros de Portugues...

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